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Gynofit

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Gynofit Gel Hidratante Vaginal

  • Elimina a secura vaginal (e torna as mucosas menos vulneráveis
    e receptivas às infecções).
  • Restaura o equilíbrio da flora vaginal, tornando-a saudável
    e resistente às bactérias.
  • Alivia o prurido e o ardor.
  • Natural, suave e eficaz.
  • Sem conservantes, nem perfume
  • Adequado a aplicações a longo prazo
  • Sensação de hidratação natural
  • Sensação de bem-estar!

Disponível em aplicadores descartáveis e higiénicos para inserção vaginal.

  • Sem conservantes e sem perfume
  • Também adequado durante a gravidez e o aleitamento
  • Prático e higiénico uma vez que cada aplicador está acondicionado
    individualmente, podendo transportá-lo consigo facilmente

infecçoes

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Corrimentos vaginais de outras causas e corrimentos crônicos

Existem diversas outras causas de corrimento:

§ Vaginite atrófica ( por falta de hormônio ) da menopausa

§ Vaginite atrófica ( por falta de hormônio ) do parto e da amamentação

§ Vaginite irritante provocada por camisinha, diafragma, espermaticida, creme lubrificante, absorvente externo e interno

§ Vaginite alérgica provocada por calcinhas de lycra, nylon e outros tecidos sintéticos, roupas apertadas, jeans, meias calça.

§ Cervicites - inflamações do colo do útero.

§ Vulvites - inflamações da parte externa dos genitais ou vulva causados por:

o Papel higiênico colorido ou perfumado

o Sabonetes perfumados ou cremosos

o Shampoos e condicionadores de cabelo

o Sabão em pó e amaciantes de roupas

o Detergentes

o Desodorantes íntimos

o Uso do chuveirinho como ducha vaginal

É muito importante que a própria mulher tente descobrir qual a causa de seu corrimento, experimentando tirar os fatores irritantes um a um.

Corrimento vaginal

Corrimento genital é um sintoma ou sinal que indica a presença de secreção vulvovaginal excessiva ou anormal. O termo leucorréia é usado como sinônimo de corrimento, mas recomenda-se que o termo seja reservado para o aumento excessivo, subjetivo ou objetivo, das secreções normais.

O corrimento genital constitui o motivo da consulta em aproximadamente 50% das pacientes. O diagnóstico pode ser tão difícil quanto o tratamento. Além disso, ás vezes a paciente relata queixa de odor vulvovaginal, que pode simplesmente corresponder ao odor normal das secreções vulvovaginais ou à existência de um processo patológico. É importante atentar para as características físicas do corrimento; a idade da paciente; relação com a época do ciclo menstrual e a atividade sexual; os hábitos higiênicos; as manifestações clínicas associadas como mau cheiro, prurido, disúria, dispareunia e o estado emocional da paciente.

O desequilíbrio dos mecanismos de defesa da vagina é um fator importante para a instalação dos processos patológicos bacterianos. Fumantes têm maior incidência dos corrimentos genitais atribuída à queda da resistência. Portadoras de hipoestrogenismo têm diminuição das secreções vulvovaginais, originando a queixa de secura vaginal.

CORRIMENTO GENITAL

Na mulher, um pouco de corrimento (uma secreção clara ou esbranquiçada) pode ser considerado normal, já que mantém a vagina limpa e úmida. Mas esta secreção deve ser discreta e não sujar mais do que uma calcinha por dia. Quando a quantidade de secreção for maior e o seu aspecto mudar, então há uma situação anormal. Nestes casos, pode haver ardência na vagina ou nos lábios, acompanhada de um certo “queimor” ou coceira. Há vários micróbios que podem causar isto, entre eles: clamídia, micose (candidíase), triconomas, gonococo (gonorréia). Nos homens, o corrimento na uretra (com ou sem ardência), pode ser causado por gonorréia ou outros micróbios.

O diagnóstico correto e rápido de corrimentos anormais em mulheres evita o aparecimento de doenças, entre as quais as inflamações no baixo ventre (doença pélvica), que podem levar à esterilidade. Como a contaminação ocorre frequentemente na relação sexual, algumas destas infecções são consideradas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Se não for diagnosticada em tempo, estas infecções aumentam os riscos de que a pessoa contraia outras DSTs.

É importante procurar os seu médico ou um Posto de Saúde caso:

· Corrimento no pênis com ou sem ardência;

· Corrimento na vagina de forma anormal;

· Dor no baixo ventre com mal-estar e/ou febre;

· Infecção e “calor” nas articulações;

· Dor abdominal intensa e com febre.

Tratamento caseiro (Tx caseira): Não há. O recomendável é você procurar seu médico ou ir ao Posto de Saúde próximo da sua residência.

Prevenção:

· Fazer sexo seguro ou protegido

· Fazer diariamente sua higiene com água e sabonete, apenas na parte externa da vulva (os labios) ou do pênis. Não se deve fazer ducha vaginal.

Corrimento Vaginal

A) Se você tem um corrimento claro, sem odor no meio do ciclo, fique tranqüila, isto nada mais é do que o período ovulatório, onde é apenas um muco tipo clara de ovo que é normal e não precisa de tratamento é exatamente nesta época que se você tiver contato sexual poderá engravidar.

B) Se o seu corrimento é amarelado e tendo ou não odor, deve está sendo causado por alguns germes tipo: tricomonas , gardnerella ou hemophilus vaginalis, ureaplasma ou clamydia. Neste caso sua ida ao ginecologista será muito importante para um tratamento específico e adequado.

C) Se o seu corrimento é esbranquiçado, lembrando as vezes uma massa branca e com prurido vaginal (coceira) certamente isto está sendo causado por fungos, tipo Candida. Você com certeza ficará curada com tratamento até mesmo em dose unica prescrito pelo seu ginecologista.

D) Se o seu corrimento é purulento e de grande intensidade, poderá está sendo causado por bactérias tipo gonococus ou outras, Você com certeza ficará curada com tratamento até mesmo em dose unica prescrito pelo seu ginecologista.

Obs. Em todos estes casos, você poderá auxiliar o seu tratamento melhorando a sua flora vaginal, com medicamento específico.

E Se o seu corrimento é tipo sanguinolento ou tipo água de carne você poderá está com processo inflamatório de colo de útero e precisa realmente ser examinada pelo seu ginecologista. Inclusive a grande importância da sua ida ao seu médico será também para fazer a sua prevenção de câncer ginecológico além de um exame geral nas mamas e em todo o aparelho genital, onde o mesmo solicitará exames de rotina no sangue e urina, além de uma Colpocitologia Oncótica, Ultra-Sonografias mamária e vaginal , cultura de secreção vaginal se necessário e mamografia principalmente nas mulheres acima de 35 anos, por ser acima desta idade a maior freqüência de câncer mamário.

Ps: Lembre-se quando for comprar qualquer medicamento prescrito pelo seu médico observe na bula do mesmo a substância e você poderá comprar outro com a mesma fórmula e talvez também com melhor preço, auxiliando com isto um melhor custo do seu tratamento.

Infecção do trato genital inferior (Exceto corrimento recidivante)

As infecções do trato genital inferior (ou seja, situadas abaixo do orifício interno do colo uterino) , embora muitas vezes encaradas de maneira trivial pelo ginecologista, constituem-se em patologias de relevada importância clínica, pela freqüência com que se apresentam , pelos sintomas molestos que podem causar e pela possibilidade de complicações. Assim, tais infecções, dependendo dos agentes etiológicos envolvidos, podem ser ponto de partida para o acometimento do trato genital superior (endometrites, salpingites) mais graves e ter como seqüelas esterilidade, dor pélvica crônica, aumento na incidência de prenhez ectópica. Ainda dependendo dos agentes envolvidos, as infecções do trato genital inferior podem resultar em complicações pós-cirúrgicas, se não forem adequadamente diagnosticadas e tratadas no período pré-operatório. Durante o período gravídico puerperal existe possibilidade de acometimento do produto conceptual, resultando em ruptura precoce de membranas, parto prematuro, abortamento, infecção do recém-nascido, infecção materna pós-abortamento ou pós-parto. Finalmente, as infecções do trato genital inferior, particularmente as que se acompanham de processo inflamatório e/ou de ulcerações genitais, facilitam a contaminação e a transmissão de outros agentes sexualmente transmissíveis, particularmente o HIV. A microbiologia vaginal é composta por ecossistema bastante complexo, sendo constituída por bactérias aeróbias e anaeróbias, porém com predomínio dos lactobacilos de Döderlein. Tais lactobacilos, em condições fisiológicas, produzem substâncias importantes para a manutenção do delicado equilíbrio microbiano e a manutenção do pH vaginal ácido, um dos fatores limitantes para a proliferação de outras bactérias. Portanto, conclui-se que a flora vaginal fisiológica constitui-se principalmente por lactobacilos, embora possam ser encontradas outras bactérias aeróbias e anaeróbias. Assim, o isolamento de bactérias em meios de cultura é destituído de valor na prática, se o resultado não for analisado em conjunto com a avaliação dos bacilos de Döderlein através da bacteriocopia com coloração pelo método de Gram. De acordo com a quantificação de lactobacilos, Siqueira classificou a flora vaginal em Tipos I, II e III. Assim, na Flora tipo I, a bacterioscopia com coloração pelo Gram revela presença de 90-95% de lactobacilos, 5-10% de outras bactérias e presença de raros polimorfonucleares ou ausência dos mesmos, significando ausência de sinais inflamatórios. Tal flora representa o estado de equilíbrio do ecossistema vaginal. Neste caso, o isolamento de bactérias em culturas de conteúdo vaginal deverá ser cuidadosamente analisado, pois de maneira geral, pressupõe-se a ausência de expressão patogênica de outras bactérias, já que os bacilos de Döderlein, predominando no meio ambiente vaginal, estariam exercendo seu efeito protetor. Tal análise deve ser realizada considerando-se a sintomatologia referida pela paciente, aliada aos dados do exame ginecológico e aos dados laboratoriais. A Flora tipo II é constituída por aproximadamente 50% de lactobacilos e 50% de outros gêneros bacterianos. Nesta situação, existe um relativo desequilíbrio do ecossistema vaginal, o papel protetor exercido pelos lactobacilos encontra-se diminuído e o encontro de outros gêneros bacterianos deve ser visto com mais cautela, sempre procurando-se associar a história clínica e os achados de exame aos resultados de laboratório. A flora tipo III é descrita como possuindo em sua composição 5% (ou menor porcentagem) ou mesmo ausência total de bacilos de Döderlein e presença de 95% ou mais de outros gêneros bacterianos. Nesta situação, está caracterizado o desequilíbrio do ecossistema vaginal, pressupondo-se que mesmo agentes microbianos de baixo poder patogênico possam encontrar na vagina meio adequado para a sua proliferação e expressão. Um exemplo bastante ilustrativo de desequilíbrio do ecossistema vaginal é a vaginose bacteriana, que se caracteriza microbiologicamente por ausência de lactobacilos e proliferação acentuada de bactérias como Gardnerella vaginalis, anaeróbios, Mobilluncus sp e micoplasmas. Neste caso, ocorre elevação do pH vaginal, produção de diaminas responsáveis pelo odor fétido que acompanha a patologia e presença das chamadas células-chave (ou "clue cells"), que são células epiteliais parasitadas pelas bactérias e que à microscopia assumem aspecto característico. A paciente portadora de vaginose bacteriana queixa-se de corrimento discreto, porém acompanhado de odor extremamente desagradável. Ao exame ginecológico observa-se a presença de conteúdo vaginal de aspecto homogêneo, acinzentado ou amarelado e ausência de sinais inflamatórios. Além dos sintomas desagradáveis e repercussões na sexualidade, a patologia pode relacionar-se à infecções do trato genital superior, infeções pós-cirúrgicas e complicações no ciclo gravídico puerperal. Como opções terapêuticas, podem ser utilizados:

Metronidazol - 400 mg VO 8/8 h durante 5 dias

Tianfenicol - 2,5 mg VO durante 2 dias,

Clindamicina - 300 mg VO 12/12 h durante 7 dias

Secnidazol ou Tinidazol - 2,0 g em dose única

Não existe consenso na literatura sobre a transmissão sexual das bactérias relacionadas à vaginose bacteriana, portanto existem controvérsias sobre o tratamento do parceiro.

A tricomoníase vaginal, embora menos frequente do que a vaginose bacteriana, também se apresenta associada a estados de desequilíbrio do ecossistema vaginal ou seja, diminuição acentuada ou ausência de bacilos de Döderlein. A patologia também se acompanha de aumento na proliferação de bactérias anaeróbias, podendo portanto associar-se à complicações. O parasita Trichomonas vaginalis produz enzimas proteolíticas, responsáveis pelo processo inflamatório exuberante, levando a sintomas como corrimento, ardor e sensação de queimação nos genitais, por vezes disúria e dispareunia. O processo inflamatório, alem do maior afluxo de linfócitos, resulta em microulcerações do colo, facilitando a aquisição e a transmissão do HIV e outros agentes sexualmente transmissíveis. Ao exame ginecológico observa-se aumento do conteúdo vaginal, que se apresenta amarelado ou esverdeado, e hiperemia da cervix e das paredes vaginais. Para o tratamento, são utilizados os derivados imidazólicos, por via sistêmica, sempre acompanhados do tratamento local com imidazólicos para alívio mais rápido dos sintomas. Podem ser utilizados:

Metronidazol - 250 mg VO 12/12 h durante 10 dias

Metronodazol - 400 mg VO 8/8 h durante 7 dias

Secnidazol ou Tinidazol - 2,0 g VO em dose única

Não existem dúvidas sobre a transmissão sexual da patologia, portanto o tratamento deve ser sempre ministrado ao parceiro. Lembrar que o uso de bebidas alcoólicas durante o uso de derivados imidazólicos pode provocar efeitos tóxicos. A candidíase vaginal requer, para o seu desenvolvimento, meio vaginal adequado, ou seja, ácido, portanto podendo apresentar-se concomitantemente à flora de Döderlein. Neste caso, existem hipóteses de que os lactobacilos, embora estejam presentes em concentrações significativas, não produzam adequadamente os subprodutos limitantes ao crescimento de potenciais patógenos. Dentre as espécies fúngicas associadas à candidíase vulvovaginal, tem-se observado discreto aumento na prevalência de espécies não-albicans, embora a Candid albicans continue ainda ocupando o primeiro lugar em frequência. O sintoma mais característico é o prurido, que pode estar associado à queixa de corrimento vaginal. O exame ginecológico revela a presença de conteúdo vaginal esbranquiçado ou amarelado (que nem sempre possui o aspecto classicamente descrito como "leite talhado") e presença de processo inflamatório (portanto, maior afluxo de linfócitos e maior predisposição a adquirir o HIV). Para o tratamento, existem diversas opções terapêuticas, dentre as quais:

Fluconazol - 150 mg VO em dose única

Itraconazol - 200 mg 12/12h VO durante 1 dia

Cetoconazol - 200 mg 12/12 h VO durante 3 dias

Nistatina - 500.000 U 8/8 h VO durante 15 dias

Tioconazol - pomada a 6,5% em dose única

Terconazol - creme a 0,8% - um aplicador vaginal ao deitar durante 5 dias.

Nistatina - 100.000 U em óvulos ou creme vaginal - uma aplicação ao deitar durante 15 dias

Para alívio mais rápido do prurido, preconiza-se o uso de inibidores de prostaglandina ou de antihistamínicos por via oral. O tratamento do parceiro é controverso, já que nem sempre a infecção tem caráter sexualmente transmissíveis. Fazem parte ainda do grupo das infecções do trato genital inferior as cervicites e as vulvites, que serão abordadas oportunamente.

SISTEMA UROGENITAL

Com o declínio estrogênico a mulher passa a ter menor lubrificação vaginal com diversos graus de secura, com tendência a vaginites, corrimento vaginal, purido e ardor na vulva. Quanto ao trato urinário, este deficit hormonal pode determinar uma atrofia da mucosa da uretra, com alongamento da mesma. A mulher está sujeita a ter micções freqüentes, cististes de repetição, dificuldade de urinar e incontinência urinária.

Corrimentos vaginais de outras causas e corrimentos crônicos Existem diversas outras causas de corrimento:

  • Vaginite atrófica ( por falta de hormônio ) da menopausa
  • Vaginite atrófica ( por falta de hormônio ) do parto e da amamentação
  • Vaginite irritante provocada por camisinha, diafragma, espermaticida, creme lubrificante, absorvente externo e interno
  • Vaginite alérgica provocada por calcinhas de lycra, nylon e outros tecidos sintéticos, roupas apertadas, jeans, meias calça.
  • Cervicites - inflamações do colo do útero.
  • Vulvites - inflamações da parte externa dos genitais ou vulva causados por:
  • Papel higiênico colorido ou perfumado
  • Sabonetes perfumados ou cremosos
  • Shampoos e condicionadores de cabelo
  • Sabão em pó e amaciantes de roupas
  • Detergentes
    Desodorantes íntimos
  • Uso do chuveirinho como ducha vaginal

É muito importante que a própria mulher tente descobrir qual a causa de seu corrimento, experimentando tirar os fatores irritantes um a um.

Método de Gram auxilia no diagnóstico das infecções genitais femininas

O método de Gram classifica as bactérias em dois grandes grupos: as Gram-positivas, que retêm o cristal violeta, e as Gram-negativas, que são descoradas e tomam a coloração vermelha do contracorante. Esses dois grupos refletem as diferentes composições da parede das bactérias. A microbiota vaginal faz parte de um ecossistema complexo que está permanentemente em troca, variando com a idade da mulher, conforme os diferentes estágios do ciclo menstrual e igualmente durante a gravidez. Nas pacientes saudáveis, é composta por uma grande variedade de bactérias aeróbias e anaeróbias, com presença e até mesmo predominância dos Lactobacillus spp. Variações na microbiota vaginal detectadas pelo método de Gram podem oferecer subsídios para o diagnóstico de infecções genitais. Assim, a vaginose bacteriana – infecções por Gardnerella vaginalis e Mobiluncus spp –, a candidíase e a tricomoníase são rotineiramente diagnosticadas pelo método de Gram ao exame microscópico do material vaginal. A análise ainda fornece informações gerais sobre a presença de processos inflamatórios (número de leucócitos) e avalia eventuais alterações da microbiota local. Evidentemente, a cultura deve sempre ser considerada, dada a sua maior sensibilidade, principalmente naquelas situações em que o patógeno pode estar presente em pequena quantidade, como no caso da Neisseria gonorrhoeae ou, então, quando se trata de microrganismo não detectável pelo Gram, como o Mycoplasma, o Ureaplasma e a Chlamydia trachomatis.


endoftalmia ocular por candida albicans

quarta-feira, 10 de junho de 2009
Os fungos são os agentes mais comuns na endoftalmite endógena, representados na sua maioria pelas espécies de Candida.

Infecções por Candida têm sido observadas desde os tempos de Hipócrates, que descreveu a doença em pacientes debilitados.

A endoftalmite resultante da infecção sistêmica por Candida foi inicialmente descrita em um olho enucleado em 1943(1). Em 1958, foi relatado o primeiro caso clinicamente reconhecido como endoftalmite endógena por Candida, confirmado posteriormente por necropsia(2).

Até a metade do século vinte, poucos casos de endoftalmite fúngica endógena foram relatados, porém, na década de sessenta, um grande número de trabalhos foi publicado a respeito, fato este que coincidiu com a introdução dos antibióticos de largo espectro(3). Os fatores que contribuíram para o aumento da incidência de endoftalmite fúngica endógena nas últimas décadas incluem a difusão da antibioticoterapia, hiperalimentação intravenosa, terapia imunossupressiva, além do aumento da sobrevida dos pacientes imunocomprometidos, inclusive aqueles portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)(4). Após 1975, foram estudados um total de 167 casos descritos em 52 diferentes publicações(3). Aproximadamente um terço dos casos teve envolvimento bilateral. As condições predisponentes foram similares àquelas relatadas antes de 1975, porém, associações com usuários de drogas ilícitas, prematuridade e AIDS são mais comumente encontradas nos relatos atuais(5). As características dos achados oculares combinados com os achados clínicos e cultura positiva para Candida extra-ocular foram consideradas diagnósticas na maioria dos casos. Pelas descrições, as espécies de Candida, principalmente a C. albicans, foram as principais responsáveis por estas infecções fúngicas.

A C. albicans é um habitante normal do trato gastrointestinal e regiões mucocutâneas, incluindo boca e vagina. Por ser um organismo que habita normalmente o corpo humano, culturas de sangue positivas são freqüentemente atribuídas à contaminação, o que pode levar a um atraso no diagnóstico de uma infecção por Candida.

Imunossupressão, debilidade orgânica, entre outros fatores, podem tornar o fungo patogênico, resultando em uma grave infecção sistêmica(6).

O uso de drogas endovenosas ilícitas é a causa mais comum de endoftalmite fúngica endógena. Os pacientes são tipicamente jovens saudáveis, a não ser pela história de uso abusivo de drogas endovenosas ilícitas, dado este que dificulta o diagnóstico preciso(7).

Acredita-se que a origem da infecção fúngica, nestes casos, seja o suco de limão usado para diluição da diacetil-morfina (heroína). As culturas destas drogas isoladas foram negativas para Candida e trabalhos relatam ainda que a heroína teria um efeito fungicida(8).

Usuários de heroína podem desenvolver uma síndrome distinta de candidíase, que se apresenta como: nódulos cutâneos, osteomielite, osteocondrite e endoftalmite. Os sintomas oculares são evidentes dez dias após o uso da injeção intravenosa de heroína. As culturas de Candida mostram-se positivas nas amostras de pele e cartilagem costal, porém são negativas no sangue e urina(9). Diferentes tipos de ácido desoxirribonucléico (DNA) de cepas de C. albicans podem ser encontrados nas epidemias de endoftalmite fúngica em usuários de diacetil-morfina(10).

Os antibióticos intravenosos têm sido associados a infecções por Candida desde 1945(11). As bactérias que normalmente habitam a flora intestinal, inibem o crescimento da população de fungos. Alterando-se a flora bacteriana intestinal com o uso de antibióticos sistêmicos, os fungos têm a possibilidade de crescer e invadir tecidos profundos, vasos sangüíneos e linfáticos, resultando em uma doença disseminada, principalmente nos indivíduos imunocomprometidos. Associações com cirurgias gastro-intestinais e uso de antibioticoterapia sistêmica são fatores de risco para o aparecimento da endoftalmite fúngica endógena(12).

A relação entre cateteres intravenosos e candidemia tem sido abordada por diversos autores(13-15). Nestas situações, os pacientes estão geralmente em regime de hiperalimentação e mantidos com cateteres intravenosos por longos períodos como informa, por exemplo, o estudo no qual 133 pacientes faleceram com fungemia documentada, sendo que 32 (24%) destes pacientes estiveram em regime de hiperalimentação antes do óbito(16). Outros autores descreveram que 100% dos pacientes com fungemia tinham cateteres intravenosos(17).

A imunossupressão, causada por doença sistêmica ou induzida por terapia imunossupressiva, é outro fator associado a infecções sistêmicas por Candida(18-20). Na maioria dos casos, estes pacientes imunossuprimidos receberam antibióticos de largo espectro e tiveram cateteres intravenosos, aumentando assim, o risco desta infecção. Estudos de fungemia adquirida em hospital mostraram que 11 (14%) de 77 pacientes com fungemia eram portadores de doenças malignas e três casos (3,8%) foram submetidos a transplante de órgãos(17). Outro estudo demonstrou que cerca de um terço dos pacientes possuía doenças malignas e 58% receberam quimioterapia(16).

A AIDS é fator de risco para o desenvolvimento de candidíase(5,21). Apesar da candidíase mucocutânea ser muito comum nos pacientes portadores de AIDS, a candidíase disseminada é infreqüente. Este fato pode ser explicado por ser a infecção sistêmica por Candida comum em indivíduos com neutropenia, enquanto a candidíase mucocutânea ocorre nas alterações da imunidade mediada por células. Por esta razão, a endoftalmite por Candida em pacientes com AIDS, sem história de uso de drogas ilícitas, é rara. Um caso de endoftalmite endógena por Candida foi relatado em um paciente com defeito específico de imunidade celular para este fungo(22).

O papel dos corticosteróides como fator predisponente de candidíase é incerto devido ao fato destes pacientes freqüentemente terem outros fatores associados. A hidrocortisona parece não interferir na atividade fungicida dos neutrófilos(23).

Com relação às manifestações clínicas e à epidemiologia das infecções fúngicas disseminadas em prematuros de muito baixo peso, estes podem apresentar-se com: temperatura corporal instável, hiperglicemia, dificuldade respiratória, distensão abdominal e hipotensão(24-25). Freqüentemente, estas crianças são tratadas com nutrição parenteral, uso de cateteres e antibióticos de largo espectro. As culturas são negativas na maioria destes prematuros e o diagnóstico é usualmente baseado no aspecto fundoscópico.

Outros fatores predisponentes menos comuns de candidíase sistêmica e endoftalmite endógena por Candida são: puerpério(26), insuficiência hepática(3), alcoolismo(15), manipulação genito-urinária(27), procedimentos neurocirúrgicos(28), megacólon tóxico(29), aborto induzido(30), neutropenia(31), transplante de medula óssea(32-33) e idiopática(34).

Vários estudos exploraram a relação de candidemia e endoftalmite. Autores relataram que 30% dos pacientes com candidemia tinham evidências clínicas ou após o óbito de endoftalmite por Candida(35). Foram analisados, em estudo retrospectivo, 77 pacientes com fungemia e observou-se que 11 (14,2%) apresentavam sinais de endoftalmite(17).

Trabalho prospectivo em 27 pacientes com fungemia por C. albicans apresentou endoftalmite em 37% dos casos (10 pacientes)(36). Apenas 1 (9%) em 11 pacientes com fungemia por Candida de outra espécie desenvolveu endoftalmite, o que confirma outros relatos anteriores da alta patogenicidade da C. albicans quando comparada a outras espécies(37).

ACHADOS CLÍNICOS

A endoftalmite fúngica apresenta-se na grande maioria dos casos como uma infecção de caráter indolente. Os sintomas mais comumente encontrados na infecção intra-ocular por Candida são: embaçamento visual, dor e fotofobia. A dor mostra-se menos intensa quando comparada à forma bacteriana, fato este que dificulta o seu diagnóstico. Os pacientes podem ainda apresentar queixa de pontos flutuantes no campo de visão. Indivíduos extremamente debilitados podem não apresentar sintomas. O envolvimento bilateral ocorre em cerca de um quarto dos casos de endoftalmite endógena e é caracterizado pela similar gravidade, embora possa ocorrer intervalo de dias entre o aparecimento dos sinais em ambos os olhos. O sinal oftalmológico mais característico de endoftalmite por Candida é a lesão branca, pouco delimitada, envolvendo a coróide e retina, localizada no pólo posterior. A lesão pode ser única ou múltipla e apresentar um aspecto estrelado semelhante àquele observado nas infecções fúngicas corneanas. Hemorragias intra-retinianas podem circundar a lesão branca, levando ao aspecto das “manchas de Roth”. As opacidades vítreas são tipicamente branco-amareladas e conectadas por traves, produzindo uma imagem semelhante a um “colar de pérolas”. A origem destas opacidades foi primeiramente descrita em1964(38) e posteriormente em 1980(39), como uma gradual elevação da lesão retiniana que finalmente se rompia e migrava em direção ao vítreo. Outros sinais comuns, mas menos característicos, são: injeção conjuntival e ciliar, precipitados ceráticos, células inflamatórias na câmara anterior, com ou sem hipópio. Episclerite, esclerite, membrana pupilar, membrana ciclítica, edema do nervo óptico e perivasculite são também descritos. Alterações do segmento posterior como: membrana epirretiniana, tração vitreorretiniana e descolamento de retina podem ocorrer nas fases tardias da doença(40).

Após a fase aguda da infecção, as lesões da retina e coróide evoluem com cicatrizes fibrosas, tendo sido descrita a ocorrência de membranas neovasculares de coróide no local da cicatriz(41). Nos olhos com intensa inflamação vítrea, as típicas lesões coriorretinianas podem ser obscurecidas pela opacidade vítrea. Estes casos ocorrem com mais freqüência nos pacientes usuários de drogas ilícitas pelo fato destes procurarem auxílio médico nas fases tardias da infecção.

HISTOPATOLOGIA

A histopatologia da endoftalmite por Candida foi descrita inicialmente em um caso diagnosticado por necrópsia(1). Edwards et al. (1974) apresentaram um grande número de casos com relatos histopatológicos(19). As típicas lesões coriorretinianas apareciam macroscopicamente como elevações brancas de superfície lisa, algumas vezes circundadas por hemorragia. Microscopicamente, as lesões eram compostas por uma inflamação supurativa envolvendo a coróide e estendendo-se para a retina. Os organismos estavam tipicamente concentrados próximos ao lado interno da retina destruída. Descolamentos serosos da retina foram observados. Mais da metade dos casos relatados tinham papilite associada.

Apesar dos fungos não terem sido encontrados na coróide e retina, eles foram relatados dentro de nódulos vítreos circundados por leucócitos polimorfos nucleares. Ocasionalmente, linfócitos e células plasmáticas foram encontrados, porém sem evidências de inflamação granulomatosa.

O envolvimento do segmento anterior é um achado incomum no exame histopatológico, porém pode haver comprometimento do corpo ciliar, conjuntiva e esclera(42). Os autores demonstraram um denso infiltrado mononuclear do limbo, íris, corpo ciliar e coróide, com elevação da retina perivascular e necrose retiniana.

MÉTODOS DIAGNÓSTICOS

A endoftalmite por Candida deve ser suspeitada em todos os pacientes com os fatores predisponentes já supracitados que apresentem coriorretinite ou uveíte posterior progressiva. A presença das típicas lesões coriorretinianas brancas ou das opacidades vítreas em “colar de pérolas” é altamente sugestiva.

O diagnóstico presuntivo de endoftalmite endógena deve ser feito se as culturas de Candida em outros locais apresentarem-se positivas na presença de um quadro ocular característico. A Candida pode ser obtida através da cultura de urina, sangue, ou outros locais como cateteres endovenosos, semanas antes do aparecimento dos sintomas oculares(43). Na ausência de culturas positivas de Candida de locais extra-oculares ou sinais oculares inespecíficos com envolvimento vítreo, opta-se pela biópsia e cultura do humor vítreo para confirmação diagnóstica. O reconhecimento da causa do processo inflamatório intra-ocular, estéril ou infeccioso, e a determinação do agente etiológico através de estudos de sensibilidade são fundamentais no tratamento da endoftalmite. O vítreo é o principal sítio intra-ocular de alojamento dos organismos. A presença do cristalino, cápsula posterior ou lente intra-ocular não previne a invasão da cavidade vítrea pelos microrganismos. Autores demonstraram experimentalmente que o segmento anterior possui uma maior resistência aos agentes invasores em relação ao segmento posterior(44). Os autores inocularam uma grande quantidade de organismos na câmara anterior de coelhos e não foram capazes de induzir um quadro de endoftalmite progressiva. O inverso ocorreu quando uma pequena quantidade de germes foi introduzida na câmara posterior e produziu infecção intra-ocular. Usando modelos animais, estudos confirmaram o diagnóstico em 62% dos olhos com aspiração do humor vítreo e relataram a aspiração do humor aquoso como sendo de pouco valor diagnóstico(45). Apesar do baixo grau de positividade das culturas obtidas do humor aquoso, a possibilidade, ainda que remota, dos organismos serem encontrados na câmara anterior torna a obtenção deste material recomendável.

A coleta das amostras do humor vítreo pode ser realizada através da punção via pars plana com agulha fina ou com o auxílio do vitreófago(46). Nos casos suspeitos de etiologia fúngica, recomenda-se a vitrectomia diagnóstica no intuito de colher a maior concentração possível de fungos, pois os mesmos situam-se seqüestrados na cavidade vítrea, diferentemente das colônias de bactérias que se apresentam de forma difusa no corpo vítreo. A amostra do vítreo, se diluída nos líquidos de infusão da vitrectomia, deve ser filtrada por centrifugação ou com filtros de papel (milipore). O material obtido da câmara anterior e posterior deve ser imediatamente inoculado nos meios de cultura apropriados e colocado em lâminas para coloração e observação microscópica(47).

A Candida é uma levedura que se apresenta na forma de micélio e hifa, porém mantém a morfologia de hifa na maioria das vezes, exibindo a característica de pseudomicélio em certos ambientes nutricionais.

Os métodos clássicos para detecção e identificação de leveduras do gênero Candida e da espécie Candida albicans são divididos em métodos para visualização e recuperação fúngica e testes para identificação de leveduras. A visualização do fungo é possível através do uso de técnicas de coloração específicas, nas quais a levedura pode ser identificada por observação microscópica direta. Dentre os corantes usados destacam-se: Gram, Giemsa, prata Gomori, hidróxido de potássio, branco calcoflúor, entre outros. Estes fungos crescem rapidamente em quase todos os meios de cultura, mas o ágar Sabouraud com ciclohexamida em temperatura ambiente e o meio BHI (brain heart infusion) a 36 graus são os mais recomendados quando o organismo é clinicamente suspeito. Na ausência dos meios apropriados, o material pode ser diretamente inoculado em frascos com ágar sangue. Colônias esbranquiçadas aparecem em 24 a 48 horas após a inoculação(43).

São testes para identificação de leveduras: prova de assimilação de fontes de carbono e nitrogênio, provas de fermentação, teste de tubo germinativo, resistência à ciclohexamida, testes de termotolerância, estudo morfológico em ágar fubá com Tween 80, hidrólise da uréia e produção de fenoloxidase. Estes testes resultam num perfil bioquímico-nutricional específico, permitindo a diferenciação entre as espécies de leveduras, especialmente as do gênero Candida. Nenhuma das provas de identificação de fungos apresenta sensibilidade e especificidade de 100%; portanto, os métodos tradicionais de visualização e recuperação são recomendados em qualquer laboratório que pretenda identificar espécies de leveduras(48).

A ultra-sonografia ocular é útil na detecção de envolvimento do segmento posterior e na monitorização da evolução do processo infeccioso. São descritos ecos de baixa refletividade e alta mobilidade no vítreo, grandes vacúolos intravítreos e espessamento da hialóide posterior na maioria dos casos. No estudo ultra-sonográfico(49), o descolamento de coróide foi determinado como fator de mau prognóstico visual nos pacientes portadores de endoftalmite.

Novos métodos diagnósticos têm sido testados nos últimos anos para a detecção precoce das infecções fúngicas. Dentre eles, citamos: uso de marcadores moleculares para identificação de fungos nos tecidos humanos(50), a reação da cadeia de polimerase(10), dosagens séricas e vítreas de D-arabinitol, beta-D-glucan e do antígeno de C. albicans(51), uso de anticorpos monoclonais radioiodinizados(52) e dosagem de anticorpos IgG no humor aquoso(53). Os novos métodos descritos acima abrem novas perspectivas diagnósticas, porém necessitam de maiores estudos.

TRATAMENTO

Apesar do desenvolvimento de novos agentes antifúngicos, das vias alternativas de administração e dos avanços na cirurgia vitreorretiniana, o tratamento da endoftalmite fúngica ainda se constitui num desafio para a oftalmologia.

A anfotericina B é o antifúngico de eleição no tratamento da endoftalmite por Candida. Ela foi descoberta em 1956(54) e utilizada no tratamento da candidíase e endoftalmite em 1960(55). É um dos vários antibióticos polienos e, devido às suas duplas ligações, é chamada de heptaeno polieno.

O composto atua ligando-se aos esteróis da membrana celular, resultando num extravasamento dos constituintes celulares e morte celular(56). É uma substância fungistática e fungicida isolada de cepas de Streptomyces nodosus. Seu espectro de ação inclui todas as espécies de Candida, algumas espécies de Aspergillus, Blastomyces dermatitidis, entre outros fungos. A droga não é absorvida pelo trato gastrointestinal e deve ser administrada por via intravenosa. O tratamento sistêmico, em doses de 0,25mg/kg a 1,5mg/kg ao dia, é geralmente indicado nos casos de candidíase associada à coriorretinite sem opacidades vítreas(57).

A vitrectomia via pars plana e a injeção intravítrea de 5 a 10mg de anfotericina B são as opções terapêuticas nos casos de opacidades vítreas moderadas ou graves(58). Existindo a associação com candidemia, o uso da anfotericina B intravenosa está indicado. Nos casos de opacidades vítreas leves, sem associação com candidemia, considera-se somente o tratamento com injeções intravítreas da droga(59).

Mesmo sendo a anfotericina B, atualmente, o antifúngico mais eficaz disponível, seu uso é restrito pela sua toxicidade sistêmica e local. A disfunção renal é o mais importante efeito tóxico e ocorre na grande maioria dos pacientes. É usualmente reversível quando cessada a terapia, porém reduções permanentes na filtração glomerular podem permanecer. Os valores do hematócrito, potássio sérico, uréia nitrogenada do sangue, creatinina e dióxido de carbono, bem como análises da urina, devem ser obtidos quinzenalmente. Efeitos colaterais, como: distúrbios gastro-intestinais, febre, calafrios, tromboflebite, hepatotoxicidade, neurotoxicidade, reações alérgicas e parada cardíaca, podem ocorrer durante a infusão rápida da droga(60).

Apesar da anfotericina B ser usualmente eficaz, infecções intra-oculares persistentes têm sido relatadas nos casos de envolvimento vítreo(35,42). Especula-se que níveis subterapêuticos intravítreos, alcançados quando a droga é administrada por via endovenosa, sejam os responsáveis pelo fracasso terapêutico nos casos descritos. Foi demonstrada, em trabalho experimental, a presença de fungos na retina, coróide e vítreo de coelhos inoculados com cepas de Candida e tratados vinte e oito dias com anfotericina B endovenosa(61). Observou-se histologicamente a presença de organismos viáveis em um paciente portador de endoftalmite fúngica tratado com repetidas doses de anfotericina B endovenosa(62). Injeções intravítreas de 5 a 10mg podem eventualmente causar necrose retiniana se administradas próximas à retina ou injetadas de forma rápida(63).

A natamicina (pimaricina) pertence à mesma classe e apresenta o mesmo espectro de ação da anfotericina B. Infelizmente, sua capacidade de penetrar no vítreo é pequena e estudos demonstraram ser uma droga altamente tóxica quando injetada no vítreo(64-65).

A nistatina é um fungistático e fungicida isolado de cepas de Streptomyces noursei. Seu espectro de ação e mecanismo são semelhantes aos da anfotericina B, porém é altamente tóxica quando usada por via sistêmica ou intravítrea(66).

A fluorocitosina foi descoberta em 1957 e usada no tratamento da candidemia em 1968. A vantagem da fluorocitosina sobre a anfotericina B é a sua excelente absorção gastrointestinal. Os efeitos colaterais mais comuns são a diarréia, náusea e vômitos. São relatados também trombocitopenia, anemia e leucopenia. A penetração vítrea da fluorocitosina após a administração oral é satisfatória(67-68). Entretanto, seu maior problema é a alta porcentagem de resistência das cepas de Candida. Entre 7 e 47% das cepas de Candida isoladas antes do tratamento eram resistentes à droga e a sua resistência geralmente ocorre durante o tratamento(69). Em estudo experimental, autores relataram que a fluorocitosina, droga que apresenta alta porcentagem de resistência a C. albicans, poderia ser administrada nas doses de até 100mg, sem efeitos tóxicos para a retina(70).

Nos últimos anos, novas séries de compostos imidazoles têm sido estudados.

Os imidazoles são menos tóxicos que os antibióticos polienos e eficazes contra várias espécies de fungos. O clotrimazol foi o primeiro imidazole estudado, porém sua capacidade de induzir enzimas microssomais do fígado limitou seu uso sistêmico(71). O miconazol é um dos dois imidazoles disponíveis para administração sistêmica. É pouco absorvido pelo trato gastrointestinal e deve ser administrado por via intravenosa. A dosagem recomendada para o tratamento das espécies de Candida é de 600 a 3600mg/kg ao dia(72). Este antifúngico apresenta uma concentração inibitória mínima in vitro relativamente alta para a maioria das espécies de Candida, além de apresentar baixa penetração vítrea quando administrado por via intravenosa(73). Estes dados explicariam o seu fracasso no tratamento da endoftalmite endógena por Candida encontrado na literatura(74).
Os efeitos colaterais mais comuns são: tromboflebite, arritmia, anafilaxia, parada respiratória, febre, calafrios, entre outros. Devido a sua limitada ação antifúngica contra Candida e a sua baixa penetração vítrea, sua indicação é restrita a casos de cepas resistentes ao tratamento com anfotericina B. Autores demonstraram que injeções intravítreas de 40mg de miconazol não apresentaram evidências de toxicidade para a retina de coelhos albinos(75).

O cetoconazol é um imidazole aprovado como antifúngico sistêmico em 1981. Atua inibindo os esteróis da membrana celular, porém difere do miconazol por ser bem absorvido pelo trato gastrointestinal(76). A dose de 200 a 800mg/kg ao dia é variável de acordo com o tipo de infecção que se pretende tratar(77). Apresenta uma baixa porcentagem de efeitos tóxicos graves. São relatados náuseas, vômitos e diarréia. Foram reportados casos de disfunção hepática variando de elevação assintomática das enzimas até necrose hepática fatal(78). O cetoconazol possui uma excelente ação in vitro e in vivo contra a maioria das espécies de Candida. Entretanto, sua penetração intravítrea e eficácia no tratamento da endoftalmite por Cândida são motivos de controvérsia na literatura. Acredita-se que, para o tratamento ser eficaz, o antifúngico deva ser administrado por longos períodos (79). O cetoconazol está indicado nos casos de coriorretinite presumida por Candida sem associação com candidemia ou nos pacientes severamente debilitados que não podem receber a anfotericina B intravenosa. O cetoconazol não produziu alterações tóxicas na retina de coelhos nas dosagens intravítreas de até 550mg (80), assim como seu análogo, o oxiconazol, nas doses de 100mg(81).

Os triazoles são novos derivados azoles que, além de possuir as mesmas propriedades dos imidazoles, lesam os fosfolipídios da membrana celular, o que confere a eles novas propriedades antifúngicas. O itraconazol é ativo contra uma variedade de fungos, entre eles, as espécies de Candida. É bem absorvido por via oral em doses de 50 a 400mg ao dia. Apresenta baixa toxicidade, com relatos de náusea e aumento transitório de enzimas hepáticas(82). O fluconazol apresenta alta eficácia contra espécies de Candida e vários outros fungos. Pode ser administrado por via oral na dosagem de 200 a 400mg ao dia ou, menos freqüentemente, por via intravenosa e apresenta a melhor farmacocinética entre todos os antifúngicos estudados(83). Sua toxicidade é semelhante à do itraconazol, porém sua atividade in vivo ainda permanece controversa devido à baixa penetração na cavidade vítrea dos compostos imidazoles(84).

O uso de fluconazol intravítreo na dosagem de 100mg(85) e itraconazol 10mg(86) não produziu efeitos tóxicos retinianos em modelos experimentais.

NOVAS OPÇÕES TERAPÊUTICAS

Baseando-se nos dados relativos às limitações dos diversos antifúngicos disponíveis e nos princípios da terapia intravítrea, desenvolveram-se estudos de novos antifúngicos.

O cilofungin, de alta eficácia in vitro contra C. albicans, apresentou-se não tóxico para a retina(87), assim como o faerifungin, um novo agente antifúngico de atividade restrita contra C. albicans, não apresentou alterações no ERG e na microscopia óptica e eletrônica nas doses intravítreas de até 100mg(88).

Dentre os mais recentes antifúngicos estudados, destaca-se a espartanamicina B, que se mostrou segura e eficaz na dosagem intravítrea de 10mg em modelos experimentais de endoftalmite por Candida albicans(89-90).
Autores descreveram o uso de injeções intravítreas de dexametasona associada à anfotericina B no tratamento da endoftalmite experimentalmente induzida por C. albicans(91). Os autores compararam o tratamento com injeções intravítreas de apenas anfotericina B e observaram que os coelhos tratados com corticosteróides, além da cura do processo infeccioso, evoluíram com o desaparecimento das opacidades vítreas iniciais. Os coelhos tratados somente com anfotericina B obtiveram a cura da endoftalmite, porém, permaneceram com opacidades vítreas residuais. Estudos posteriores também apresentaram resultados satisfatórios com a associação de corticosteróides e antifúngicos(92-93).

Apesar da grande variedade de antifúngicos disponíveis, nota-se que a maioria destes compostos apresentam problemas relacionados à toxicidade sistêmica e ocular, farmacocinética, penetração vítrea e eficácia. Estudos futuros são necessários objetivando encontrar novas formas de tratamento para endoftalmite por C. albicans.

Prebióticos e Probióticos

segunda-feira, 8 de junho de 2009
Por diversas vezes temos recebido alguns e-mails com perguntas sobre alimentos prebióticos e probióticos. No que consistem ao certo? Existem diferenças entre prebióticos e probióticos? Quais?
Comecemos então por explicar melhor estas designações. «Prebióticos» são alimentos que contêm substâncias não digeríveis que nos oferecem um efeito fisiológico benéfico. Ou seja, certos alimentos podem conter elementos (nutrientes) que estimulam de forma selectiva a actividade ou o crescimento de bactérias benéficas existentes naturalmente no nosso organismo. Se pensarmos que no nosso intestino vivem milhões de bactérias e que necessitamos delas para que o nosso aparelho digestivo e sistema imunitário funcionem correctamente, vemos que estes elementos prebióticos podem ser uma ajuda importante. Os prebióticos são sobretudo fibras, como a inulina ou a oligofrutose. E não pense que estas substâncias são «artificiais» e usadas apenas para «enriquecer» bolachas, cereais, lacticínios e também leites ou papas próprias para bebé. A natureza também os usa: os oligossacáridos presentes no leite materno são um importante prebiótico que ajuda o bebé a desenvolver a sua flora intestinal, no período delicado após o nascimento!
Já os «probióticos» são alimentos que contêm quantidades suficientes de microrganismos vivos, capazes de produzir benefícios para o nosso organismo. Ou seja, os prebióticos continham substâncias «inertes» que os microrganismos benéficos existentes no nosso corpo aproveitavam, enquanto os probióticos fornecem os próprios microrganismos benéficos. Entre os microrganismos benéficos mais conhecidos encontram-se aqueles que usamos há milhares de anos para fermentar o leite e assim produzir leites fermentados como o kefir. Os lactobacilos e as bifidobactérias são bons exemplos de microrganismo probióticos. O que a indústria alimentar moderna fez foi analisar as diversas estirpes de microrganismos existentes nestes leites fermentados (são bastantes e muito diversas nas suas características) e seleccionar aquelas com mais benefícios para o funcionamento do nosso corpo. Surgiram assim os iogurtes com tipos de bífidos que ajudam regularizar a flora intestinal ou os leites fermentados com certos lactobacilos que reforçam o efeito de barreira imunológica do intestino. A este respeito, convém ainda mencionar que para um alimento ser probiótico não deve apenas conter os ditos microrganismos benéficos – é preciso que estes cheguem ao corpo em quantidade e condições para actuar correctamente. Por isso, estes produtos são conservados na zona do frio de modo a preservar os microrganismos, usados em concentrações elevadas.
Portanto, da próxima vez que ouvir falar em «bichinhos» adicionados aos alimentos ou quando lhe disserem que estas «invenções» são coisas modernas e que «fazem mal» já sabe: os «bichinhos» existem no nosso corpo há milhões de anos e há já muitos séculos que os consumimos com benefícios para a saúde…

saiba quase tudo sobre candidiase

terça-feira, 19 de maio de 2009
Nunca ouviu falar nisso antes? Mas já sentiu, com certeza, pois quase toda mulher sofreu pelo menos um ataque de monília na vida - aquele corrimento que coça infernalmente e tem aspecto de leite talhado. Quem o produz é um fermento que atende por Candida albicans, mora nas nossas entranhas e aproveita qualquer oportunidade para se multiplicar, produzindo corrimento, sapinho e assadura. Só que, se a sua imunidade estiver baixa e a alimentação pobre, a cândida prolifera a ponto de se espalhar pelo organismo todo, provocando alergias, dores abdominais, garganta seca, insônia, queda de cabelo, estragos nas unhas, enxaqueca, hipoglicemia e mil coisas mais. É a candidíase polissistêmica, e significa que você entrou numa fria.
Trata daqui e dali, toma isto e aquilo, passa e bota e aplica esta e aquela e a outra, e a cândida pula que nem pipoca: aqui, ali, acolá. Incógnita. Ninguém sabe, ninguém viu, tudo parece outra coisa. A enxaqueca deve ser do fígado, o corrimento é culpa dos hormônios, a cólica e os gases vêm de alguma coisa que você comeu, a alergia é de família. Assim vai se instalando um inferninho particular que deixa você indisposta e com fama de hipocondríaca. Fora o fato de que uma candidíase pode botar o seu tesão a nocaute e mil grilos na cuca da pessoa amada!

- Ah, mas eu nem tenho corrimento..., diz você. Não? Nem precisa. Vaginite é apenas um dos sintomas visíveis da cândida. Veja os outros:

no sistema gastrointestinal dá sapinho, flatulência, gases, cólicas, cólon irritável, coceira ou queimação anal, intestino irregular, garganta seca

no sistema geniturinário dá vaginite e infecções das vias urinárias

no sistema endócrino mexe com a menstruação das formas mais diversas

no sistema nervoso dá depressão, irritabilidade, insônia e dificuldade de concentração

no sistema imunológico dá alergia, sensibilidade a produtos químicos e função imunológica diminuída

e de modo geral está ligada a fadiga crônica, falta de energia, mal-estar e perda da libido.
Quem são as vítimas prediletas: mulheres, 60% dos casos; homens, 20%; crianças de ambos os sexos, 20%. Ou seja, nós garotas somos a esmagadora maioria, o que se atribui à maior complexidade do nosso sistema hormonal.
Quais os fatores que predispõem à coisa? Antibióticos, pílulas anticoncepcionais, corticosteróides, drogas contra úlceras; insuficiência de secreções digestivas, de enzimas pancreáticas e de substâncias que promovem o fluxo de bile; insuficiência hepática; excesso de açúcar e álcool na dieta.
Diagnóstico: dificílimo, exatamente porque os sintomas confundem o raciocínio das médicas. Claro que você pode fazer um exame de fezes que procure a cândida e testes cutâneos e sanguíneos para ver se há sinal de anticorpos. Mas pode ganhar tempo respondendo aos questionários da página 219 do livro, que traçam um histórico da sua saúde e estabelecem um perfil sobre o qual você e sua médica podem começar a conversa.
COMO TRATAR?
O tratamento deve fazer três coisas: controlar a exuberância da cândida, matar os fungos que se espalharam pelo corpo e fortalecer o seu sistema imunológico para que ele volte a trabalhar direito.
A cândida sobrevive basicamente dos açúcares da nossa alimentação, e lambe os beiços cada vez que pode engolir uma celulazinha morta por falta de vitaminas e sais minerais. Seu ideal é que a gente tome refrigerantes de manhã, almoce sanduíche e sorvete, jante biscoitos com queijo e coma mil balas, biscoitos e chocolates nos intervalos. Como esse tipo de comida desnutre, vamos matando células - que a cândida, glup!, engole para ficar bela e prolífica. Portanto, para começar a se livrar dela você tem que se fortalecer e deve evitar durante algum tempo: açúcar, pão, bolo, biscoito, gordura, queijos fermentados, cereais refinados e suas farinhas, batatas de todos os tipos, nozes, frutas secas, frutas doces, suco de laranja, vinagre, qualquer coisa que contenha fermento, levedo de cerveja, bebidas alcoólicas, chocolate, café, chá preto...
MAS O QUE É QUE EU VOU COMER?
carnes de todos os tipos, mas prefira as brancas, de peixes e aves
ovos cozidos, quentes, pochês, mexidos com água, nunca fritos
vegetais sem amido: cenoura, abóbora, nabo comprido, rabanete, chuchu, vagem, quiabo, jiló, maxixe, pepino, aipo, celeríaco (raiz-de-aipo), funcho, cebola, alho, gengibre, alho-poró, brotos de alfafa, de feijão, de bambu, tomate (descasque! 50 pulverizações de inseticida por safra), pimentões e berinjelas (com moderação)... e todas as folhas: repolho, acelga, couve, chicória, alface, agrião, caruru, espinafre... e algas marinhas, que, além de muito nutritivas, rejuvenescem e matam fungos!
Candidíase, hipoglicemia e hipotiroidismo também podem estar ligados à carência de um poderoso fator de equilíbrio para a saúde: iodo.

Iodo é um mineral especialmente concentrado nos hormônios da tireóide, que controlam a taxa metabólica, o crescimento, a reprodução, a formação de células sanguíneas, as funções nervosas e musculares e a temperatura corporal. Como a distribuição de iodo no meio ambiente é desigual, certas áreas, sobretudo as mais distantes do mar, produzem alimentos que não fornecem iodo em quantidade suficiente ao ser humano; isso gera doenças características de disfunção da tireóide, como bócio, ou papada, e retardamento mental; por isso decidiu-se acrescentar iodo ao sal de cozinha. Em 1983 havia 400 milhões de pessoas com carência de iodo nas regiões mais pobres do mundo, e 112 milhões nas regiões mais ricas. Por outro lado, doses excessivas de iodo também podem deprimir a atividade da tireóide, produzindo sintomas semelhantes aos da carência. SINAIS DE ALARME: fome descontrolada, aumento de peso, ansiedade, taquicardia, suores, proeminência dos olhos.

A recomendação diária para iodo é de 0.15 a 0.20 mg. Mas pesquisadores atentos como o professor José Luiz Garcia, de SP, observam que a dose satisfatória de iodo na alimentação deveria ser pautada pelo consumo japonês, que é quase 100 vezes isso: 15 a 18 mg de iodo diários.

Essa alta dosagem pode ser facilmente obtida pelo consumo diário de algas kombu, ágar-ágar, arame ou hijiki (veja receita abaixo). Corresponde a 2 a 3 gotas de iodo em solução de Lugol (5% de iodo, 10% de iodeto de potássio e 85% de água).

O iodo é um poderoso fungicida, e a alga kombu também. Daí sua extrema importância na candidíase.

AS FONTES ALIMENTARES MAIS RICAS EM IODO
medida peso alimento mg
10 g ALGA KOMBU (LAMINARIA SP.) 19.0 a 47.0
10 g ALGA ÁGAR-ÁGAR (GELIDIUM SP.) 16.0
10 g ALGA ARAME (EISENIA BICYCLIS) 10.0 a 56.0
10 g ALGA HIJIKI (HIZIKIA FUSIFORME) 4.0
10 g ALGA WAKAME (UNDARIA PINNATIFIDA) 1.8 a 3.5
100 g CHONDRUS OCELLATUS 1.0
100 g ALGA NORI (PORPHYRA TENERA) 0.5
1 c chá 6 g SAL IODADO 0.4
100 g MARISCOS/MOLUSCOS 0.3
100 g CRUSTÁCEOS 0.2
100 g HADDOCK 0.14 a 0.2
1 c chá 6 g SAL COMUM .1

RADIATIVIDADE: Níveis ótimos de iodo evitam que o radiativo iodo-131 se instale na tireóide e nos Uma boa forma de consumir alga kombu: corte com uma tesoura um pedaço de mais ou menos 3 x 3 cm de alga kombu e limpe com um pincel para tirar resíduos. Não se incomode com a poeirinha esbranquiçada que ela tem, são sais. Ponha de molho em 1/2 copo de água sem cloro (mineral ou de fonte). Em 60 minutos a água vai estar esverdeada. Retire a alga, aqueça o caldo e beba. Pique a alga em pedacinhos miúdos e misture no feijão, no arroz, no refogado. O alho ligeiramente refogado em azeite ajuda muito a melhorar seu sabor.
Algas arame e hijiki devem ser lavadas rapidamente sob a torneira, dentro de uma peneirinha, ficam de molho meia hora em pouquinha água e podem ser refogadas como qualquer outro vegetal.
voltando à dieta:
pode incluir na refeição duas ou 3 colheres de arroz integral, se der muita vontade, mas aí o tratamento é mais lento. Painço, por ser mais alcalino, é um cereal mais indicado para esse quadro.
frutas só as menos doces - goiaba, tamarindo, melancia, pêra, e assim mesmo só no intervalo entre as refeições, nunca de sobremesa; muito limão pra pingar na água, nas saladas e verduras
manteiga sem sal para colocar no seu ovinho e derreter sobre os seus legumes. A manteiga é tida pelos médicos ayurvedas como uma gordura de ótima qualidade, desde que, evidentemente, seja de boa procedência e não esteja rançosa - só compre fresquinha e guarde na geladeira, numa embalagem que impeça a entrada de ar e o contato com a luz. Se a sua taxa de colesterol for alta, esta dieta provavelmente vai fazer com que ela desça a níveis normais: açúcar e frutose são mais formadores de colesterol no sangue que o próprio colesterol dos ovos e da manteiga
óleo extravirgem de coco (prensado a frio) é a melhor gordura para quem tem candidíase, pois contém ácido caprílico e quase 50% de ácido láurico, que combatem com eficácia qualquer fungo - além de vírus, vermes e bactérias em geral - e aumentam a imunidade. Pode ser consumido puro, uma colher de sopa de manhã, em jejum, e outra ao deitar, ou substituir azeite e manteiga no dia a dia. Também é maravilhoso na pele e nos cabelos. Entre os dedos do pé, cura e evita frieiras.
É gordura saturada sim, mas inteiramente do bem. Não sobrecarrega o fígado e ajuda a baixar o colesterol e os triglicerídios. Também contribui muito para regular a tireóide.
Há um efeito chamado die off ou reação de Herxeimer depois de se usar o óleo de coco por um tempo: o lixo qchega à corrente sanguínea e produz certo mal estar antes de ser eliminado pelos intestinos e rins. Mais uma razão para beber bastante água, com gotinhas de limão.
Você pode fazer o óleo em casa a partir do leite de coco fresco, que deixa fermentar por 36 horas. O creme oleoso sobe, você retira com uma colher e leva ao fogo em banho-maria (ou seja, o creme fica dentro de uma vasilha que por sua vez está dentro de uma panela com água fervendo) para ele acabar de "limpar". É útil inclusive para passar na vulva e na vagina.pouco sal, já que sua dieta será muito rica em sódio devido às proteínas animais; não convém fazer retenção de líquidos por excesso de sal
melancia refrescam e ajudam o corpo a eliminar água, o que é ótimo, já que você precisa se desintoxicar. Depois de comer a melancia, corte a casca, ferva e tome como chá. É um poderoso diurético, tanto que não deve ser tomado à noite para não perturbar o sono
água, muita água, se possível de fonte, para você evitar a contaminação da que vem pelos canos e os fungos que talvez povoem a talha ou o filtro
chás para o fígado são essenciais, já que você está matando fungos a torto e a direito e é o fígado quem lida com os restos; camomila é especialmente indicada contra cândida
suplementos também são muito importantes, uma vez que a sua dieta será restrita; sua médica poderá lhe dizer a fórmula, que deve conter ferro, cobre, zinco e selênio quelados, complexo B (com ênfase na vitamina B6/piridoxina), vitaminas C, E e betacaroteno. A biotina, uma das vitaminas do complexo B, ajuda a evitar a conversão da levedura em fungo invasivo
pólen de abelhas contém muitos nutrientes, inclusive proteínas, e pode ser a base de um lanchinho: coma 1 colher de sopa, deixando dissolver devagar na boca
iogurte desnatado, natural, artesanal, que você pode comprar em embalagem de litro, se na embalagem estiver escrito "contém lactobacilos vivos", ou fazer em casa com leite desnatado e lactobacilos encontráveis em lojas de produtos naturais (Rich é uma boa marca, ou use as cápsulas importadas que contenham acidófilos e bífidus)
Iogurte não é coalhada
Coalhada é o leite cru que acidifica e coalha naturalmente,
quando deixado fora da geladeira, pela ação das bactérias do ar;
iogurte é feito do leite que se ferve
(mexendo sempre para não grudar na panela),
depois se deixa arrefecer até mais ou menos 50 graus
para então dissolver o pacotinho de lactobacilos.
Se você não tem um termômetro, pode medir
a temperatura com o dedo (lave o dedo!)
- o leite deve estar nem tão quente que queime o dedo,
nem tão morno que possa mexê-lo.
Ou seja, numa temperatura "esperta".
O resto da receita está na embalagem dos lactobacilos,
e de cada feitura de iogurte você guarda meia xícara
para inocular a próxima.
A coalhada também pode ser excelente para controlar a cândida. Ou não.
Olho vivo: iogurte comercial só serve se estiver escrito
que contém cultura viva de lactobacilos.
Yakult? Tem lactobacilos mas também tem tanto açúcar
que não adianta quase nada.O QUE NÃO PODE COMER
açúcar e doces em geral, mel, melado, karo, maple, malte
pão, biscoito, torta, pastelaria, torrada, bolo e qualquer outro produto que leve farinha ou fermento
melões, bananas, maçã, uvas, manga, abacaxi e a maioria das frutas doces e ácidas
sucos de frutas, especialmente de laranja, e todos os que vêm em caixinhas, porque elas criam fungos por dentro
frutas secas (ameixa, damasco, tâmara, uvas-passas, banana-passa etc, que além de açúcar (frutose) sempre têm muito fungo (há monílias que reagem muito mais a tâmaras do que a sorvetes cremosos ou bombons)
nozes, castanhas e amêndoas em geral também têm muito fungo
amendoim, grande formador de cândida e possível portador de aflatoxina
vinagre de qualquer tipo
bebidas alcoólicas
leite, queijos, requeijão e creme de leite
batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa, inhame, cará, aipim;
farinha de mandioca; milho verde; arroz branco, macarrão branco e outros alimentos ricos em amido, como cremogema, farinha de arroz, farinhas lácteas, beterraba também não pode, por causa do açúcar
produtos fermentados da soja - misso, shoyu, tempê, natô
frituras, empanados, gordura em geral
comidas que provoquem reações alérgicas em você, já que elas enfraquecem o sistema imunológico e assim abrem as portas para a cândida
café e chá preto, porque contêm cafeína e afetam o equilíbrio do açúcar no sangue; além disso, as folhas do chá preto são fermentadas
Por quanto tempo? Veja com sua médica. A idéia é não alimentar a cândida, mas também não podemos matar você de fome. E essa dieta dá fome, meninas, eu fiz.
O QUE MATA OS FUNGOS
ácido caprílico, ou caprilato de sódio, um ácido graxo natural, demonstrou capacidade de restaurar e manter um equilíbrio entre fermentos, bactérias e outros microrganismos no intestino grosso. Dosagem: 300 mg a 1 g junto com as refeições.
O valor do alho no combate à cândida foi comprovado em vários estudos, sendo até mais poderoso do que violeta genciana, nistatina e vários outros renomados fungicidas para uso tópico (dermatites, infestações nos pés, nas unhas, etc). Pode ser alho fresco, cru, mastigado ou amassadinho e incorporado à comida; ou extrato de alho envelhecido, que não deixa cheiro nem causa o desconforto digestivo que algumas pessoas sentem quando comem muito alho cru; ou ainda cápsulas de óleo de alho.
Cebola, cravo e raiz-forte têm efeito semelhante ao do alho, mas não tão incisivo. Gengibre, canela, romã, tomilho, melissa, camomila e alecrim também são úteis.
Lactobacilos de todos os tipos são importantíssimos para a recolonização da flora intestinal: controlam o crescimento dos bacilos, fermentos e micróbios nocivos através de uma produção própria de antibióticos naturais. Os principais são os lactobacilos bulgáricos, acidófilos e bífidos. Os bulgáricos são os que transformam o leite em iogurte; acidófilos, extremamente resistentes a todos os tipos de antibióticos sintéticos, você compra em cápsulas na farmácia, assim como os bífidos, ou faz de repolho, assim:

Lactobacilos de repolho
De manhã bater no liquidificador durante meio minuto, primeiro devagar depois em alta velocidade, 1 3/4 copos (420 ml) de água pura ou destilada com 3 copos (720 ml) de repolho cortado bem fininho e não muito apertado.

Colocar a mistura num vidro, cobrir com um pano fino e deixar à temperatura ambiente durante 72 horas; coar e jogar fora o bagaço. Do líquido, apelidado Rejuvelac, 1/4 de copo (60 ml) são o fermento: reservar.

Bater novamente no liquidificador 3 copos de repolho cortado fininho com 1 1/2 copo (360 ml) de água pura, colocar no vidro, juntar os 60 ml do primeiro Rejuvelac. Chacoalhar o vidro, cobrir e deixar à temperatura ambiente durante 24 horas (o processo vai mais rápido agora porque já tem o fermento).
Guardar o resto do Rejuvelac na geladeira e tomar 1/2 copo (120 ml) três vezes ao dia, junto com as refeições. Jogar fora qualquer resto de Rejuvelac depois de 24 horas.
Usar diariamente de um a três meses.
O sabor do bom Rejuvelac é ácido e ligeiramente gasoso, lembrando iogurte
natural ou água mineral gasosa forte.
Se o gosto for podre, jogue fora e comece de novo.
O chá feito da casca do pau-d'arco (Tecoma curialis), árvore que só dá nas nossas florestas tropicais, é coadjuvante no tratamento da candidíase. Não se espante se, após as primeiras xícaras, os sintomas piorarem - é uma reação natural que desaparece em poucos dias, e os depoimentos dão conta de que se segue um grande bem-estar físico e mental. O pau-d'arco é tido como poderoso e usado desde a civilização inca no combate às infecções e ao câncer. As pessoas quimicamente sensíveis suportam melhor a variedade Tecoma curialis do que a Tecoma conspicua. Dosagem: 15 a 20 gr da casca, fervida durante 15 minutos em meio litro d'água, 3 a 4 xícaras por dia. Nos Estados Unidos, onde já se tornou popular, o pau-d'arco é vendido também sob os nomes de taheebo e lapacho. Também vendem ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa) como pau-d'arco.

Bérberis (Berberis vulgaris) também é um remédio popular antigo, valioso contra diarréias e infecções intestinais de qualquer tipo; sua atividade antibiótica está bem documentada, e sabe-se que normaliza a flora intestinal, eliminado agentes patogênicos e controlando o crescimento da cândida, mesmo após uso prolongado de antibióticos. Também é imunoestimulante, com ação específica sobre o fluxo de sangue para o baço, o que resulta num formidável aumento de substâncias que reforçam a imunidade. Além disso mostrou ser um poderoso ativador das células macrófagas, que destroem fungos, bactérias, vírus e células cancerosas. Outros remédios herbais com propriedades próximas às do Bérberis são a Hydrastis canadensis e o Berberis aquifolium. Dosagem mais usada: se for tintura, diluição 1:5, tome 1 colher de chá 3 vezes ao dia, em água. Tabletes homeopáticos ou gotas de Bérberis 3x, cinco de 8 em 8 hora.

O QUE FECHA O CORPO
Se você fosse uma casa, o sistema imunológico seria ao mesmo tempo portão, cerca, tinta, verniz, telhado, janela, cachorro bravo, alarme, grama, jardineiro, árvores, poço, chave, luz - tudo o que protege a casa permitindo que ela funcione. A imagem do cão de guarda combina. Os pedestres pacíficos ele só olha com o rabo do olho. Aos barulhentos ele reage latindo e rosnando. Os que ousam invadir, ele morde
A imunidade ainda é um cestinho de perguntas sem resposta para a medicina ocidental. Anatomicamente ela depende de glândulas, gânglios, células e fluidos que limpam o organismo e reciclam nossa matéria orgânica. Quimicamente ela pode ser reforçada ou arrasada por substâncias as mais diversas, inclusive algumas que produzimos dentro do corpo sem saber. Por exemplo: se eu como muito chocolate fico cansada, mas a culpa não me deixa descansar, então começo a arranjar coisas para fazer quando na verdade não queria fazer nada. O chocolate, o cansaço e o stress de não descansar provocam mais oxidação no organismo, donde mais cansaço, irritabilidade, mau humor, desejo de compensações... Isso tudo vai abrindo brechas na cerca da casa, raspando a tinta, quebrando as telhas, deixando o cão sonolento... e no dia seguinte acordo com herpes.
COMO AUMENTAR A IMUNIDADE?
A imunidade faz parte da nossa energia vital. A gente ri, fala, chora, dorme, anda, tem fome, tem frio, e de alguma forma a imunidade está sempre envolvida. Por isso a medicina chinesa trata dela privilegiando alimentos e ervas que reforçam o princípio vital, o Chi e o sangue:
carne de galinha, codorna, ganso, tartaruga e boi;
rim de boi e carneiro;
fígado de boi, vitela, carneiro e porco;
leite cru de ovelha;
queijo fresco de vaca, cabra ou ovelha (mas quem tem candidíase, alergia, asma, coriza, sinusite e propensão ao câncer não deve comer laticínios);
ovo de galinha e pomba;
anchova, ostra;
germe de trigo, painço, cevada;
feijão azuki;
beterraba, nabo, inhame, batata-doce, berinjela;
repolho, agrião, espinafre, mostarda, cebolinha verde, coentro, hortelã, manjericão;
cebola, gengibre, noz-moscada, louro, erva-doce, orégano, sal, alcaparra;
castanha portuguesa, pêssego, uva
E CONTRA CANDIDÍASE VAGINAL (MONÍLIA

O QUE NÃO PODE COMER

açúcar e doces em geral, mel, melado, karo, maple, malte
pão, biscoito, torta, pastelaria, torrada, bolo e qualquer outro produto que leve farinha ou fermento
melões, bananas, maçã, uvas, manga, abacaxi e a maioria das frutas doces e ácidas
sucos de frutas, especialmente de laranja, e todos os que vêm em caixinhas, porque elas criam fungos por dentro
frutas secas (ameixa, damasco, tâmara, uvas-passas, banana-passa etc, que além de açúcar (frutose) sempre têm muito fungo (há monílias que reagem muito mais a tâmaras do que a sorvetes cremosos ou bombons)
nozes, castanhas e amêndoas em geral também têm muito fungo
amendoim, grande formador de cândida e possível portador de aflatoxina
vinagre de qualquer tipo
bebidas alcoólicas
leite, queijos, requeijão e creme de leite
batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa, inhame, cará, aipim;
farinha de mandioca; milho verde; arroz branco, macarrão branco e outros alimentos ricos em amido, como cremogema, farinha de arroz, farinhas lácteas
beterraba também não pode, por causa do açúcar
produtos fermentados da soja - misso, shoyu, tempê, natô
frituras, empanados, gordura em geral
comidas que provoquem reações alérgicas em você, já que elas enfraquecem o sistema imunológico e assim abrem as portas para a cândida
café e chá preto, porque contêm cafeína e afetam o equilíbrio do açúcar no sangue; além disso, as folhas do chá preto são fermentadas
Por quanto tempo? Veja com sua médica. A idéia é não alimentar a cândida, mas também não podemos matar você de fome. E essa dieta dá fome, meninas, eu fiz.
A mucosa vaginal é habitada por muitos microrganismos, inclusive cândida, todos loucos para proliferar. A oportunidade acontece quando o pH da vagina perde sua acidez natural e se torna mais alcalino, coincidindo com desequilíbrios metabólicos ou hormonais, consumo de antibióticos de largo espectro, fragilidade imunitária, depressão, stress, incapacidade do organismo em lidar com açúcar ou álcool ou troca de parceria sexual.
O ataque de cândida nas partes mimosas é mais comum entre a ovulação e a menstruação, mas pode acontecer a qualquer momento. Se costuma vir depois de uma relação sexual, o jeito é usar ducha ou óvulo para acidificar o ambiente: como o sêmen é alcalino, eleva o pH da mucosa vaginal por oito horas e isso pode ser o suficiente para fazer a infecção.

ducha com vinagre
alivia coceira e queimação, e deve ser
completada por uma aplicação vaginal de iogurte natural
ou de lactobacilos em cápsulas para fornecer defesas à flora;
pode repetir a cada três horas, se for o caso.

lactobacilos acidófilos
você compra em cápsulas nas vitamin shops da vida
e coloca o conteúdo de duas cápsulas na vagina, à noite;
de manhã faz uma ducha de vinagre ou argila,
ou de água morna com uma cápsula de ácido bórico
durante o dia; repetir durante três a quatro dias

óleo virgem de coco, que também é um bom lubrificante - e maravilhoso para usar na pele e no cabelo. Onde encontrar? Clique aqui.

compressa de alho:
ponha meio litro de água no fogo; esmague uma cabeça de alho,
embrulhe num pedacinho de gaze ou pano de fralda, amarrando bem;
quando a água estiver quase fervendo,
ponha essa trouxinha de alho dentro dela, apague o fogo e tampe.
Embrulhe a panela em jornais e/ou panos,
para que ela conserve o calor, e leve para o banheiro.
Se você tiver uma garrafa térmica normalmente usada
para sopas e caldos, pode fazer a infusão dentro dela.

Agora, sentada no vaso ou no bidê,
molhe um bom chumaço de algodão
nessa infusão de alho bem quente e aplique na vulva,
mantendo-o lá até sentir que amornou.
Repita a operação várias vezes, sempre trocando o algodão,
enquanto a água estiver bem quente.

Homeopatia:
óvulos de Hydrastis, melissa, manjericão ou calêndula
Ducha com Tília europa
Para tomar: Kreosotum, Lilium tiglinum,
Caladium, Cantharis

PARA ENTENDER MAIS
A Candida albicans é um organismo que pode existir de duas formas. Uma é o fermento, que se reproduz ativamente através da fermentação dos açúcares presentes no estômago e nos intestinos. Outra é o micélio, parte do fungo que invade as células e os sistemas do corpo, deixando toxinas que provocam reação das células imunológicas - ou, em outros termos, produzindo antígenos que formam anticorpos. Isso resulta em stress metabólico, deficiências nutricionais e insuficiência hepática, provocando e desgastando o sistema imune e confundindo a ação de enzimas e hormônios essenciais para a vida normal.

Uma forma de evitar a conversão dos fermentos em micélios
é comer alimentos muito ricos em biotina,
vitamina do complexo B presente principalmente no fígado de galinha
(100mcg/50g), na farinha de soja (60 a 70mcg/100g),
fígado e rins de boi (30 a 40mcg/100g)
e gema de ovo (16 mcg/1 gema).
A absorção da biotina é reduzida ou impedida
pela presença de álcool, avidina (proteína da clara crua do ovo),
cafeína, drogas à base de sulfa e radicais livres.
procure fazer 6 pequenas refeições ao longo do dia: desjejum, lanche, almoço, lanche, jantar, ceia. Coma pequenas quantidades para não sobrecarregar o sistema digestivo. Isso produziria muco, que os fungos adoram.

dica

Por fim, uma dica: se você for acometido por uma forte coceira, o que mais alivia são compressas com um pano embebido em água bem gelada, até que os medicamentos comecem fazer efeito.

Candidíase e Fadiga Crônica: Pode a candidíase ser a razão pela qual você sente-se cansado o tempo t

Candidíase e Fadiga Crônica: Pode a candidíase ser a razão pela qual você sente-se cansado o tempo todo?
Fadiga crónica é considerada uma doença da modernidade. Cada vez mais pessoas são diagnosticadas com um “cansaço crônico sem causa aparente”. Estudos têm ligado esta condição à um sistema imunológico baixo. Sabe-se que a candidíase é uma doença oportunista que se aproveita de estados de fraqueza imunológica, logo podemos fazer a conexão entre causa e efeito.
Mas a relação lógica é só a ponta do iceberg! Em estudos realizados pela Universidade de Washington, EUA com diversos pacientes que sofriam de fadiga crónica, mas não suspeitavam que tinham candidíase, apresentaram melhoras impressionantes e rápidas ao serem tratados com métodos de eliminação da cândida.
En alguns casos, a mudança de apenas 1 único elemento em sua rotina ou alimentação diária já era capaz de neutralizar os sintomas da candidíase, o que teve repercussão imediata nos níveis de energia e estado de humor.
A candidíase é geralmente causada por uma baixa no sistema imunológico, ao mesmo tempo em que a imunidade é afectada pela infecção. Torna-se então um círculo vicioso, o corpo não consegue recuperar suas defesas devido à infecção e a cândida continua se aproveitando da fraqueza para se reproduzir.
Mas a fadiga crónica ligada à candidíase não é só causada pela fraqueza do corpo. A cândida ao se reproduzir e formar suas colónias começa a liberar no sangue toxinas que causam os mais diversos sintomas como dor de cabeça, depressão, acne,letargia, insónia, falta de atenção, dor muscular, falta de libido, entre outros. Estes sintomas juntos, podem ser diagnosticados como fadiga crónica.
Um grande risco porém, é deixar-se medicar para algo que a medicina ainda não compreende totalmente como a fadiga crónica, enquanto o problema em si é a candidíase. Alguns médicos inclusive se negam a tratar a fadiga crónica. Eles simplesmente recomendam que a pessoa “descanse” e se alimente melhor! Outros porém, prescrevem anti-depressivos, medicamentos para dores musculares, remédios para dormir, enfim, tratam os problemas aparentes (sintomas), enquanto a causa verdadeira (a candidíase) está crescendo cada vez mais e se fortalecendo, se beneficiando do efeito negativo no corpo dos remédios administrados para tratar os sintomas secundários