Blogger Template by Blogcrowds

Prebióticos e Probióticos

segunda-feira, 8 de junho de 2009
Por diversas vezes temos recebido alguns e-mails com perguntas sobre alimentos prebióticos e probióticos. No que consistem ao certo? Existem diferenças entre prebióticos e probióticos? Quais?
Comecemos então por explicar melhor estas designações. «Prebióticos» são alimentos que contêm substâncias não digeríveis que nos oferecem um efeito fisiológico benéfico. Ou seja, certos alimentos podem conter elementos (nutrientes) que estimulam de forma selectiva a actividade ou o crescimento de bactérias benéficas existentes naturalmente no nosso organismo. Se pensarmos que no nosso intestino vivem milhões de bactérias e que necessitamos delas para que o nosso aparelho digestivo e sistema imunitário funcionem correctamente, vemos que estes elementos prebióticos podem ser uma ajuda importante. Os prebióticos são sobretudo fibras, como a inulina ou a oligofrutose. E não pense que estas substâncias são «artificiais» e usadas apenas para «enriquecer» bolachas, cereais, lacticínios e também leites ou papas próprias para bebé. A natureza também os usa: os oligossacáridos presentes no leite materno são um importante prebiótico que ajuda o bebé a desenvolver a sua flora intestinal, no período delicado após o nascimento!
Já os «probióticos» são alimentos que contêm quantidades suficientes de microrganismos vivos, capazes de produzir benefícios para o nosso organismo. Ou seja, os prebióticos continham substâncias «inertes» que os microrganismos benéficos existentes no nosso corpo aproveitavam, enquanto os probióticos fornecem os próprios microrganismos benéficos. Entre os microrganismos benéficos mais conhecidos encontram-se aqueles que usamos há milhares de anos para fermentar o leite e assim produzir leites fermentados como o kefir. Os lactobacilos e as bifidobactérias são bons exemplos de microrganismo probióticos. O que a indústria alimentar moderna fez foi analisar as diversas estirpes de microrganismos existentes nestes leites fermentados (são bastantes e muito diversas nas suas características) e seleccionar aquelas com mais benefícios para o funcionamento do nosso corpo. Surgiram assim os iogurtes com tipos de bífidos que ajudam regularizar a flora intestinal ou os leites fermentados com certos lactobacilos que reforçam o efeito de barreira imunológica do intestino. A este respeito, convém ainda mencionar que para um alimento ser probiótico não deve apenas conter os ditos microrganismos benéficos – é preciso que estes cheguem ao corpo em quantidade e condições para actuar correctamente. Por isso, estes produtos são conservados na zona do frio de modo a preservar os microrganismos, usados em concentrações elevadas.
Portanto, da próxima vez que ouvir falar em «bichinhos» adicionados aos alimentos ou quando lhe disserem que estas «invenções» são coisas modernas e que «fazem mal» já sabe: os «bichinhos» existem no nosso corpo há milhões de anos e há já muitos séculos que os consumimos com benefícios para a saúde…

0 comentários:

Enviar um comentário